domingo, 30 de agosto de 2009

China: Massacre de estudantes na Praça Celestial completa 20 anos

China: Massacre de estudantes na Praça Celestial completa 20 anos


O massacre da Praça da Paz Celestial, ou Tiananmen, no centro de Pequim, na China, completa, neste dia 4 de junho, seu 20º aniversário. No dia 4 de junho de 1989 a Praça serviu de palco para grandes manifestações estudantis contra o regime comunista que culminaram em um dos massacres em praça pública mais marcantes do século XX.
Os protestos começaram no dia 15 de abril daquele ano, quando o líder reformista Hu Yaobang morreu repentinamente de um ataque do coração em Pequim. A sua morte comoveu os chineses, que ocuparam as ruas de todo o país para protestar contra a corrupção dentro do Partido Comunista e atacar os conservadores. Os protestos consistiam em marchas pacíficas pelas ruas de Pequim e greves de fome.
Em 20 de maio, o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de junho, enviou os tanques e a infantaria do exército à praça de Tiananmen para dissolver o protesto. No dia 4 os protestos estudantis se intensificaram muito.
No dia 5 de junho, um jovem solitário e desarmado invadiu a Praça da Paz Celestial e anonimamente fez parar uma fileira de tanques de guerra. O fotógrafo Jeff Widener, da Associated Press, registrou o momento e a imagem ganhou os principais jornais do mundo. O rapaz, que ficou conhecido como "o rebelde desconhecido", foi eleito pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do século XX. Sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje.
Na época, o governo chinês estimou o total de vítimas civis em 200. Organismos de direitos humanos calculam em 3.000 os mortos nos protestos. Milhares de pessoas foram presas e outros milhares tiveram de deixar o país.
O massacre da Praça Celestial continua sendo um tabu na China. Apesar de o governo chinês negar até hoje a sua existência, as mortes e as imagens dos tanques nas ruas ainda são lembradas em todo o mundo. Falar sobre o massacre é considerado arriscado. A única opinião dos meios de comunicação é a que reflete o ponto de vista do Partido Comunista: de que foi uma ação apropriada para assegurar a estabilidade. Todos os anos há manifestações em Hong Kong contra a decisão do governo chinês. A Praça de Tiananmen é patrulhada, frequentemente, a cada 4 de junho, para impedir qualquer tipo de protesto.
Em fevereiro deste ano, um grupo de 127 mães de vítimas do massacre enviou uma carta aberta ao governo chinês, pedindo uma investigação sobre a atuação do Exército, a divulgação da lista dos mortos e a indenização aos parentes. O documento - organizado pelas Mães da Praça da Paz Celestial e divulgado pela ONG Human Rights Watch - foi endereçado ao Congresso Nacional do Povo da China.



Acesse os links abaixo e confira vídeos sobre o massacre na Praça da Paz Celestial

http://www.youtube.com/watch?v=OvA-blNvSgY

http://www.youtube.com/watch?v=h4Z-CjRUhIo

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